Anos Dourados
Casas e casamentos de mentira,
Castelos e bonecos de argila,
Onde está todo o meu passado?
Estou no meu quarto, o vento bate na janela,
A chuva vem enquanto eu lembro desses anos dourados.
Tantas coisas que se foram,
Tantas coisas que ainda permanecem,
Algumas são lembradas para sempre,
Outras facilmente se esquecem.
Lembro das crianças que brincavam comigo,
Lembro de meus inúmeros amigos,
Lembro dos lugares onde brinquei,
Das menininhas que um dia eu amei.
Vivia feliz com tamanha inocência.
Crianças não vêem mal nem pudor,
Que saudades que tenho daqueles anos dourados,
Anos onde se reinava o amor.
Lembro de quando eu brincava na chuva.
Lembro que meu pai me dava uma surra,
Por eu não ter responsabilidade.
Hoje eu a tenho e descobri que na verdade,
Ela é sem nenhuma finalidade.
Sou adulto – Grande coisa!
Queria voltar a ser criança
Lá não havia mentiras, não havia egoísmo,
Só existia a felicidade que inda guardo na lembrança.
Se ficava de mal de alguém, logo fazia as pazes.
Crianças sabem perdoar
Vivi tantas coisas, aprendi tantas outras,
Mais a maior delas certamente foi amar.
A chuva está aumentando está tornando-se uma tempestade,
O vento também aumentou, estou ficando apavorado.
Contudo algo me conforta:
- As doces lembranças do meu passado
Fecho meus olhos e penso em tudo,
Analiso a vida e encontro tantas histórias
Tanta saudade meu Deus, tanta nostalgia.
Das coisas que guardo em minha memória.
Mas é utopia tentar reviver tudo de novo,
Só temos uma chance e ela se findou.
A infância foi-se embora, a adolescência foi-se embora,
Mas a vida ainda não acabou.
E por isso tento fazer dela o melhor que posso,
Tento agir como no passado,
Sem pudor, sem mal,
Tento viver como naqueles anos dourados