PRESTÍGIO COM SEDA ...
Fim de festa e solidão

 
 
 
Meia fina.
Festa da melhor amiga.
Conto, desconto...
Confesso: Nem sabia o que era!
 
Lançamento de livro...
Charmosa emoção.
Muitas pessoas e detalhes: estante, tijolo aparente...
Escrevo tanto, quando será minha vez naquele ambiente?
 
Quadro de parede...
Garrafa de vinho...
Prateleira, pães e queijos.
Cadeira amiga e uma farpa escondida!
 
Musica de talvez:
Violino...
Tudo o que faz pensar em nós.
Aquele aconchego... E nós dois a sós.
 
Tolices! A vida é palavra cruzada e papel.
Mas, mesmo assim, adorei lembrar o teu sorriso.
Dos teus limites...
De teus olhos tristes olhando o céu.
 
Lembrando vim andando na calçada...
Prestigio e privilégio em se usar roupa de seda:
É apenas mais um tecido com sede de você, que acanhada
Lanço ao corpo, como se lançasse ao leu.
 
Calçada...
A meia fina já rasgada...
Sapato dolorido e apertado meu pé.
Sabe como é que é... Tão vazia é a vida sem você!    
 
 
De Magela e Carmem Teresa Elias

(Retratamos  com esse poema conto a nossa homenagem, com carinho e respeito à escritora Sonia Moura pelo lançamento de seu quarto livro" Contos e Contas", no qual, em textos breves, a autora relata com pinceladas de precisão, as  frustrações da alma humana em vivências cotidianas e no confronto da vida e com a morte)


 
 
Ambigüidade: há aqueles que escrevem para consolarem suas almas, e há os que escrevem com suas ações, para que elas sejam destruídas.
Carmem Teresa Elias e De Magela
Enviado por Carmem Teresa Elias em 12/12/2011
Reeditado em 12/12/2011
Código do texto: T3385135
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