Resultado do II Concurso de Poesias do Instituto Hahnemanniano do Brasil-Vencedoras

RESULTADO DO II CONCURSO DE POESIAS DO INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL – 24 DE SETEMBRO DE 2011.

Modalidade: Poesias livres com os temas: Homeopatia (geral) , Homeopatia e Meio Ambiente, Homeopatia e Dengue.

1º Lugar.

Tema: Homeopatia

Poesia: Fragmentos de um Bulário

Autor: Denise Espiúca Monteiro – Rio de Janeiro –RJ

Médica Homeopata - IHB.

Fragmentos de um Bulário.

Para os que de ardor se inflamam

Entregando o corpo em filosofia

Para o fervor abstrato na pele da fantasia

Tecendo dos trapos de afeto,

Manto de graça e alegria

Sulphur.

Para os que do sofrer enamorados

De idealizadas contemplações, frustrados

Palco de ausências e desilusões,

Passado cristal conservado,

No peito dos desanimados:

Natrum muriaticum.

Para os que por serviço e voto

Abnegados se entregam ao exercício

Devotado, amor em sacrifício,

Destemperado sentimento e vício

Pranteado, sobre os ossos do ofício:

Ignatia amara.

Para os que de capa e espada

Encarnada e insuflada

Pela dignidade do amor e da amada,

Viril vida de cobiça apaixonada,

Sempre sôfrega entusiasmada:

Nux vômica.

Para os que de si carentes,

Semente abandonada de afeto premente,

Desejante do desabrochado em flor presente

Sempre a procura do beijo do príncipe

E do amor fluente:

Pulsatilla.

Para os que de amor indiferentes,

De tantos ressequidas mergulhos,

em afetos distantes,

no mar em fundo, enterrados

tesouros naufragados em marulhos

de piratas ausentes,

Sepia succus.

Para os que do desejo em lascívia,

No gozo arrebatado de malícia,

Buscam a verdade do êxtase

Da primeva primícia

Mágica delícia:

Lachesis muta.

Para os que em noite enluarada,

Tocam galantes a viola e a amada,

Em frenesi de busca apaixonada,

Fé na vida, pé na estrada,

Pela gêmea alma idealizada:

Antimonium crudum.

Para os mais que ternos, fraternos,

Com paixão e compaixão

Sonhadores de cristal e metal,

Na alegria boreal

Da aliança neste mundo animal,

Mais do que real, surreal

Na busca pelo espiritual:

Phosphorus.

Todos amoráveis,

Alguns adoráveis,

Mas para manterem-se saudáveis,

Em prosa, verso e mais poesia,

Essência sucussionada

Na amorosa dinâmica harmonia,

Do dia-a-dia,

À cada um, a sua Homeopatia.

2º Lugar.

Tema: Homeopatia e Meio Ambiente

Poesia: DUAS CURAS (Soneto moderno)

Autor: Eduardo Sejanes Cezimbra – Porto Alegre – RS.

Cirurgião-Dentista Homeopata

Duas Curas

De todas as curas,

O planeta agradece

Poder a Homeopatia

Ser a Cura da Espécie

Pela Terra, em abundância,

Remédios são ofertados,

Trazem junta a natureza,

Por Hahnemann preparados.

Três reinos naturais,

Através da Homeopatia

Portam mensagens vitais

Para a espécie, sem guerra,

Curada, ser nessa existência,

Por fim a Cura da Terra!

3ºLugar.

Tema: Homeopatia e Dengue.

Poesia: Prova Terapêutica

Autor:Valter Estelita dos Santos – Cabo Frio – RJ.

Médico Homeopata.

Prova Terapêutica

Cadê o Aedes

Que passou por aqui?

“CROTALUS” comeu!

Cadê o sangue

Que ele sugou?

“PHOSPHORUS” me devolveu.

Cadê a dor

Que ele me causou?

“GELSEMIUM” a venceu!

Cadê aquele

Que não acreditou?

M O R R E U !

1ª Menção Honrosa

TEMA: HOMEOPATIA E MEIO AMBIENTE

Poesia: Dia de São João.

Autor: Ana Teresa Doria Dreux – Rio de Janeiro – RJ

Médica Homeopata - IHB

Dia de São João.

É São João, vou acampar,

Pro dia do Santo comemorar.

Levanto cedo, o dia desperta,

Phosphoricum acidum pra ficar esperta.

Com grande turma parto valente,

A proteger o meio ambiente.

Água, cantil, barraca e facão,

Pra enfrentar a expedição.

Prudente que sou coloco na cesta,

Homeopatia, que não sou besta.

Tem muito remédio a mochila pesa,

Parece que sinto a coluna lesa.

Cansada de andar pro mato distante,

Com Arnica Montana sigo adiante.

O capim arranha, faz comichar,

Urtica urens pra não empolar.

Subindo na pedra vem a topada,

Hypericum na boca, unha enfaixada.

A vespa me pega andando na trilha,

‘Inda bem que trouxe Apis mellifica.

O ar é seco, a tosse arrisca,

Tomo logo a Mentha crispa.

Esquenta o sol, seu raio dardeja,

Belladonna se a cabeça lateja.

Na cachoeira, que água gelada!

Aconitum pra não ficar resfriada.

Tropeço num galho, que trambolhão,

Rhus tox me livra da distensão.

Na estrada vejo a cobra, que horror!

Gelsemium logo me tira o tremor.

O pólen provoca espirro arretado,

Arundo me traz alívio imediato.

Malvados acendem por velhacaria,

O fogo na mata, que histeria!

Logo vacilo, o passo cambaio,

Ignatia me salva de certo desmaio.

Sapeco a perna apagando a fogueira,

Cantharis me evita dor traiçoeira.

Corto o dedo ao facão afiar,

Calendula rápido pra não inflamar.

A farpa da lenha o dedão espeta,

Ledum palustre faz sair a penetra.

Cai a tarde, o tempo esfria,

Dulcamara logo me faz companhia.

Meu Deus, será que a gripe ameaça?

Tomo uma boa dose de Echinacea.

Todos me gozam: sou exagerada!

Staphysagria, pronto, relevo a caçoada.

Recordo o dia de tanta emoção

No bom feriado de São João.

Saudade me assola e pena de mim,

Gentil Pulsatilla traz consolo enfim.

A noite cai, a lua é fria,

Penso na Homeopatia.

Sem ela pra que tanta valentia,

Com certeza não sei o que faria.

Por isto conselho sensato vou dar

Aqueles que querem se aventurar:

Amigo, se partes ágil e valente,

A proteger o meio ambiente,

Na mochila coloque Homeopatia,

Socorro certo para a covardia.

Se como dizem medicina é arte,

Você doutor faça sua parte.

Homeopatia à noite, manhã ou meio dia,

Seu uso requer saber e poesia.

Da terra sagrada nunca despreze

O próprio recurso que a regenere.

Homeopatia nunca polue

O eco sistema que a todos inclui:

A Silicea terra inerte mineral,

A Vipera e outros do reino animal.

Plantas humildes passam a curar,

Bastando pra isso dinamizar.

Como exemplo que dá a simples Arruda

Que sabe quem dela se valeu a ajuda.

Do Arsenicum se extrai o veneno malvado,

Que diluído é logo amansado.

O sapo coaxa, canta a gia,

É Bufo rana na Homeopatia.

Criança, adulto, pobre ou barão,

A todos atende sem distinção.

Aos bichos, às plantas, tudo socorre,

Lembrando sempre que primum non nocere.

Trazendo ao mundo porto seguro

Tudo isto é verdade, juro!

A noite cai, a lua é fria,

Louvo ainda a Homeopatia.

Do seio sagrado da natureza,

Vem a cura com força e beleza.

Tudo isto é pra compreender

E o legado de Hahnemann não se perder.

Aquele que pretende colaborar

E o eco sistema regenerar,

Com Samuel faça aprendizado

Do poder genial que nos foi legado.

Dizem que Homeopatia é mera ficção,

Do povo ignorante superstição,

Doutrina, engodo, feitiçaria,

Não! São leis que regem a Homeopatia.

Ciência pura, experimental,

Criada por um médico genial;

A noite cai, a lua é fria,

Viva sempre a Homeopatia ...

É muito tarde o sono não vem,

Coffea cruda pra dormir bem.

E agora atenção, o último aviso:

Remédio único é o melhor juízo!

2ª Menção Honrosa

Tema:Homeopatia

Poesia: Garra, Fé, Serenidade

Autor: Denise Espiúca Monteiro- Rio de Janeiro-RJ

Médica Homeopata – IHB

Garra, Fé,Serenidade

Fome.

Miséria.

Guerra.

Tragédia.

Egoísmo é teu nome.

Doença.

Desigualdade.

Morte.

Desumanidade.

Indiferença nominada, és.

Lancetada a humana desumanidade,

Sangram seus flagelos

No viés do tempo

E no tempo do revés.

Malícia.

Intriga.

Impudicícia.

Injustiça.

Descrença.

Cobiça.

Lancetado o homem,

Escorrem seus dejetos!

No projeto do existir

O povo ressurreto.

Lanceta na hipocrisia,

Lanceta no desafeto,

Lanceta na mediocridade,

Na crueldade a lanceta

Lanceto.

Minha indignação minha seta.

Meu compromisso, a meta

De caminhar em linha reta.

Reta,direta,correta.

Rumo aos mais altos fins.

Para o novo amanhecer,

Espiralado é o dever.

Exposta a desumanidade,

No combate a mediocridade,

Rasgada e exposta a ferida

Regenera-se o Homem.

Na curativa energia.

Da vital Homeopatia.

Do vir a ser.

E para tanto,

Garra,fé,serenidade nesta labuta,

Quem não foge ou enfraquece

Nos fins que contém os inícios,

A todos os princípios.

Escuta.

Colocando a teoria em prática.

Dignidade na cura.

Dinâmica é a luta.

Na arte, a ciência,

Empirismo em docência,

Sentimento por decência,

A verificar que com emocional inteligência

Se fará a mágica da proficiência,

Que devolverá ao homem,

Equilíbrio e confiança

Ao restituir-lhes a saudável esperança.

Viver em essência.

Garra na luta.

Fé no trabalho.

Serenidade na ação.

obstinada, resiliente,

Visto que consciente

Inabalável e verdadeira

Escudeira do bem.

Homeopatia, ALÉM!

3ª Menção Honrosa

Tema: Homeopatia e Meio Ambiente

Poesia: Poluição em São Paulo.

Autor: João Luís de Carvalho Mattoso - São Paulo - SP

Médico Homeopata.

Poluição em São Paulo

Vejo o céu vermelho escuro,

Nosso ar bem mais impuro,

Mas São Paulo, eu te juro,

Trago aqui a solução.

Mostro hoje o meu trabalho,

Tenho aqui um grande atalho,

Lapidado com meu malho,

Nobre idéia, sem ilusão.

O trabalho é um Projeto,

Que pensei com muito afeto,

Como cobrar do incorreto,

Da fumaça em propulsão!!!

Transformar “pó preto” em “ouro”,

Aspirando do ar, este tesouro,

E vencer com grande louro,

Diminuindo a poluição!!

Mas dos itens, do Projeto,

O que me deixou esperto,

Ver que o pó do ambiente aberto,

Será o remédio da poluição.

Queria Homeopatia, me ilumina,

Será ainda, muito bem vinda,

Precisamos demonstra sua sina,

Mostrando sua bela ação.

O meu time está formado,

O protocolo, orçamentado,

Precisa só, ser começado,

Com enorme propulsão!!!

Pois o céu que anda escuro,

Micro partículas, com tudo,

Eliminando vidas neste mundo,

Destruindo nosso pulmão.

Meu São Paulo da garoa,

Vejo-te triste não é à toa,

Pois o pó que te povoa,

É poeira é poluição!

Estou aqui fazendo prece,

Para que o protocolo comece,

Antes que a primavera regresse,

Venham logo, entrar em ação.

Vamos, juntos nesta luta,

começar logo a labuta,

Pra acabar com estabruta,

Esta bruta poluição.

Comissão Julgadora:

- Marilza Albuquerque de Castro

Bacharelado em Letras, especialização em Artes Cênicas e Doutorado em Letras Clássicas.

É ex-presidente da APALA – Academia Pan Americana de Letras e Artes e Presidente do InBrasCI – Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais.

Participa de diversas entidades da área e já recebeu diversos prêmios por seus trabalhos.

- Benedita Silva de Azevedo

Presidente da APALA- Academia Pan Americana de Letras e artes.

Licenciatura em Letras, especialista em Educação e pós-graduada em Lingüística.

Educadora, poeta, escritora e animadora cultural.

É membro efetivo de diversas entidades da área e já recebeu diversos prêmios por seus trabalhos.

Site: www.beneditaazevedo.com

- Djalda Winter Santos

Professora formada pelo Instituto de Educação.

Educadora, escritora, poeta, trovadora.

Participa de diversas entidades da área e já recebeu diversos prêmios por seus trabalhos.

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Jane Silva de Azevedo.

-Idealizadora e Organizadora do 1º e 2º Concursos de Poesias do IHB, evento de comemoração aos 150 anos do Instituto.

-Cirurgiã-Dentista Homeopata.

Apresentou sua monografia em Verso e Trova “Memorização dos Policrestos através de Versos Livres e Trovas”, cujo trabalho transformou-se em livro.

- Membro Titular do Instituto Hahnemanniano do Brasil.

-Membro da UBT ( União Brasileira de Trovadores) RJ.

-Participa do Movimento Poetas Del Mundo, como Cônsul de Magé.

-Secretária do GAALA (Grêmio Aluísio Azevedo de Letras e Artes).

Jane Azevedo
Enviado por Jane Azevedo em 14/12/2011
Código do texto: T3388670
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