DE LUTAR FICOU-ME A LIBERDADE

Não mais, não mais esta inconstância,

que durante anos e anos,

deu-me à sorte e ao fado, este mundo,

de mãos vazias, entregando-me ao

vil sortilégio, de acasos e promessas,

que não se podiam cumprir,

por ser a metade do homem, que já

fora, sem grilhetas nem algozes.

Assim, sozinho, me rebelei e cuspi

bem longe, a vil mordaça,

que muitos se apraziam e insistiam,

negando-me a vontade,

que de punhos cerrados, alto os ergui,

contra a difamação

e o desprezo, com que me cobriam,

espezinhando meus olhos,

que já eram dados ao resplandecer,

de um outro sol em mim,

apresentando-me a caminhos lúcidos,

de onde, enfim, fui liberto.

Jorge Humberto

19/12/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/12/2011
Código do texto: T3397051
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