O Anjo Da Meia Noite

Foi num mês de outubro,

Com aquele calor intenso...

Que deitei em minha cama,

E tive um sonho imenso...

Nesse sonho eu vi um anjo.

Branco era seu vestido

Ele olhou e me disse:

- Venha depressa comigo...

Levou-me numa avenida,

Eu fiquei até sem sentido,

Perguntei então ao anjo

Onde ele havia me trazido.

Ele disse-me assim:

- Trouxe-lhe ao castigo imerecido.

Olhe para sua frente e veja o que tem acontecido.

Não tive coragem de olhar então o anjo falou comigo

- Eu irei te confortar ó triste amigo.

Segurou novamente em minhas mãos

E levou-me a um jazigo,

Cheguei então á conclusão

Que uma pessoa havia morrido

Acordei e o elogio batia meia noite...

Minha alma estava deprimida.

Esperei amanhecer e fui procurar a tal avenida...

Cheguei num lugar parecido.

E vi muitas pessoas chorando entristecidas.

Vi então uma,

Que me parecia conhecida.

Essa pessoa me disse:

- Algo triste aconteceu,

Uma pessoa tão nova em um carro morreu.

É aquela linda garota que você tanto amou,

Que por volta da meia-noite o carro capotou.

Fui então ao seu funeral e ao seu sepultamento.

Eu estava abalado.

No cemitério vi o jazigo que o anjo tinha me mostrado,

Era o da linda garota que eu tinha tanto amado.

N’outra noite ouvi uma voz.

Era rouca e dizia-me assim:

- Sou o anjo da meia-noite,

Sou um grande querubim.

Voltarei em sua vida

Digo-lhe com toda a verdade.

E ao contrario do outro sonho,

Trarei-lhe algo que lhe dará felicidade

Fico agora na esperança,

Que o anjo irá voltar,

E trará a minha amada,

Pra minha alma se alegrar

Espero que ele volte depressa,

Pra eu voltar a ser feliz de verdade.

Pois estou vivendo e morrendo...

...Estou vivendo de esperança,

Estou morrendo de saudade.

ELIAS FAUSTO,NOVEMBRO DE 2002.

POEMA VENCEDOR DO III FESTIVAL DE ARTES(FESART)

Mr Doug
Enviado por Mr Doug em 09/01/2007
Reeditado em 18/09/2009
Código do texto: T340872
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