Eu soldado cinza
Tão frio e escuro o caminho,
um caminho de agulhas,
meus sentimentos vendidos
por palavras de pessoas aquém;
vulgarizada minha alma foi
pela falsa verdade de suas mentes.
Um soldado sem nome aqui,
face de espelho a refletir
tudo o que negam sentir,
foi apenas eu a lutar por mim,
não ouse tentar mais me atingir.
Guerra, advento de caos,
garras do inferno, sorrisos,
me trazendo o meu fim;
tenho coragem para viver,
e no fim encare o fato:
enquanto não cair em pedaços,
minha batalha hei de travar.
Sistema! Evoca minha queda,
com asas de fúria subirei,
meu coração se torna rocha
e alma fica cinza, solitário.
O fim é o começo de mais,
mais vida, mais confronto.
A estrada me convoca
a vencer, levantar a bandeira,
a única que valerá a pena,
a bandeira da glória!
Travar hei a batalha da vitória!
Só quem luta sabe, o sabor da vitória!