nº4

Que é um clã?

Que é um monte de nuvem na cabeça?

Como é não comer uma maçã?

Se sabe mais, também imito

Se já não há nada a mais, eu quero mito

Escuso o que passou pra eu caber

Um jirote é um jirote, o carpinteiro constrói

É ingênuo e sadio trabalhar com os cães

Que derriçam preás

E é saboroso saber a verdade:

Vive-se sonolento e cerra os olhos

Num tal momento que

Um sol, um dia, onze dias é tudo ser

Põe tua mão no pó, ali

Não ficará posto, se tem presença,

Tem sentido, o teu sentido,

É desde menino

Desça do táxi um pouco antes de debruçar

Numa ponte

O que se abre aqui é o que pode chegar

Escutar tua vida, sem sanfona, trompete, bumbo e violão

É sinfônico e percussivo

É sincrônico e remissivo

Redime-te a tua essência e reflita: Houve vida!

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(*)Poesia nº4 inédita da passagem "Anti-eternal" in "Eternal do Tempo" (86)

Leonardo Martins Nietzsche
Enviado por Leonardo Martins Nietzsche em 09/01/2007
Código do texto: T341780