ODE AO AMOR

Eu canto à luz que me deixa ver

Ao perdão dos que me aceitam

Canto à estrada ainda que estreita

Do amor que em mim ainda vive!

Eu canto à vida lúdica e feroz

Que traz a dor que não tem guizo

Cultuo os sonhos imprecisos

Dos amores que sonhei e nunca tive

Eu não canto à perfídia dos opulentos

Ao contrário, canto aos deserdados

Canto para que todo seu sofrimento

Não os abalem, mas os motivem

Canto às mãos vazias, infatigáveis

Ao eterno entusiasmo do aprendiz

Canto para que seu almejar profundo

Apenas o inspire e não o escravize!

Canto à humildade das raízes

Que sustêm as florestas, escondidas

Canto a tudo que possa gerar vida

E a tudo que à morte contradiz

Canto a ao ser amargo e infeliz

Que do trono do amor foi destituído

Que nunca desista, mesmo desiludido

Para que a coragem de amar, o reviva!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 08/01/2012
Reeditado em 17/03/2021
Código do texto: T3428907
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