Conquista-dores

Um saco de ossos incrustado na historia,

a raça aglutina os farelos dos corpos quase ocos.

Desvio os olhares da paisagem para outros ares,

um mapa na neblina submerso na retina.

A lei notória da sobrevivência, rosto enfumaçado entre os rastros da carência.

Olhar imerso que acompanha o inverso,

na trajetória de uma cruz cravada na porção de terra.

A lança que erra seu alvo acerta quem tava salvo,

restos e pertences no peito dos entes.

Bem distante do acampamento lagrimas e lamentos,

rajadas de vento subindo poeira na imagem da padroeira.

A chuva que chega derrete a terra, a água desliza no ventre do inocente, duvida e coragem se misturam em sangue que tange o horizonte.

De um lado a trilha que insere revolta e do outro a ponte que traz de volta.

Chegaram de armas em punho com um mapa em rascunho,

armaram acampamento, fixaram uma bandeira com insígnia brilhante e formato ilusório, demarcaram seu território.