Incompreensão

Gostaria de entender, mas não entendo...
Em nenhum lugar vejo explicação;
Foge-me a compreensão e, as palavras vão-se.
Esse mutismo tolo é tão em vão!
Gostaria de ouvir os gritos da compreensão
Lúcida a vagar pelo espaço nu...
Gostaria de ouvir sinceridade...
Que o riso fácil e falso fosse embora
E que essa resposta enchesse meu espaço...
Vestiria meu ambiente nu que ficaria belo.
Também pergunto: para quê a quero?
Que farei com a resposta que eu ouvir?
Mudará todo espaço vazio e nu?
Alguém responderá. A questão é:
Quando eu a ouvirei? Entenderei?
Quando ela me falar eu a ouvirei?
Saberei, depois desse tempo vê-la,
Vesti-la, desfrutar da sua presença?
Será que já falou e eu não ouvi?
Por isso se afastou, me deixou só;
Sozinho no escuro como poeira.
Sinto tanto doer a interrogação.
Essa falta de amor não é resposta!
Nada de útil, claro... Sinceramente
Pergunto meu espaço oco e seco
Por quê tudo parece tão estranho?
Por isso vago sala, rua, na praça,
na areia e... Nada entendo. Mas eu luto
para compreender. Quero compreender.
Não gosto de viver a incompreensão
que me morde, me sangra, me desnuda...
deixando-me tão fraca e, sem sentidos.




MVA
Enviado por MVA em 13/01/2012
Código do texto: T3438623
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