Velhas mãos

Mãos... Sempre escreveram tantas coisas

Que, muitas vezes, não serviam para nada!

Como agora...

Que versos são estes?

Recordações de uma vida

O quê querem?

Somente, reviver

Mas palavras não sentem!

Só escutam; só escrevem...

Mãos... Sempre tocaram em tantas coisas

Que, muitas vezes, não valiam nada!

Como agora...

Tremulamente, esta mão desliza sob o papel

E um turbilhão de versos ecoam pelas paredes

Sem sentido; sem ternura...

Durante todos esses anos,

Tal mão escreveu, buscando apenas, uma palavra

Que sempre foi dita em todos os silêncios

Que sempre escondi em todas as coisas

Porém, depois de tanto tempo, se tornou indiferente...

Mãos... Agora, estão cansadas e velhas

Mas todas as mãos vivem para isso: envelhecer...

E ainda tenho o infinito para escrever

Yvie Marie
Enviado por Yvie Marie em 13/01/2012
Reeditado em 13/01/2012
Código do texto: T3438631
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