Para Raul Seixas

Percorreste vários Caminhos

E foste sempre uma Metamorfose Ambulante.

Perdeste o Medo da Chuva logo pela manhã

E experimentaste o amargo e o doce dA maçã.

Teu espírito novo de Há Dez Mil Anos Atrás

Fez-te pegar O Trem das Sete e parar antes do final

E como se estivesses À Beira do Pantanal

A vida apunhalou-te, tal qual Judas a Cristo.

Foste considerado um Cowboy Fora da Lei

Mas nunca caíste como Alcapone.

Viveste sem acreditar no Conto do Sábio Chinês

E foste bem mais contundente que um Fim de Mês.

E eu não sei How Could I Know

Se fui, se ia, se estou ou se vou

A pegar o Metrô Linha 743

Para chegar até As Minas do Rei Salomão.

Se assim for Não Quero Mais Andar na Contramão

Porque ao som de Minha Viola

Irei Cantar Sim a Magia de Amor.

Foste um Moleque Maravilhoso

E imaginaste uma Sociedade Alternativa

Mas, O dia em que a Terra Parou

Foi o dia em que O Homem do Rock’ N’ Roll

Cansou-se de tanto Cambalache e foi beber a Água Viva

No meio da Mata Virgem ao lado da Ave Maria da Rua.

Este dia tornou-se O Dia da Saudade

E nem Todo Mundo Explica Que Luz é Essa.

É, Maluco Beleza, tu foste um dos Super-Heróis

Deste país Diamante de Mendigo que Só Pra Variar

Aluga-se fácil, como uma Cantiga de Ninar.

Canceriano sem Lar, Tá na Hora, pois A Lei

Anda Fazendo o que o Diabo Gosta, mas

Aos Trancos e Barrancos a Gente suporta o

Sapato 36 e quem sabe Tente Outra Vez.

Parabéns, Coração Noturno, por tudo o que você fez.

Cícero – 03-05-02

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 13/01/2012
Reeditado em 07/12/2015
Código do texto: T3439488
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