DO HOMEM
É possivel ao homem, tipo comum, apenas mais um,
entender, sem doer, as coisas da magia,
da poesia e da paixão?
É possível ao homem, bobo vivente, torvo, carente,
entender, sem doer, as coisas do encanto,
do pranto e coração?
É possível ao homem, solitário caminhante sem viés,
pela vida, entender, sem doer, as coisas
da mulher apaixonante?
Não creio! E digo do forte que, envolto no feitiço,
roda, reda e risco,corre e volta e imerge
no jorro de um olhar, na cadência do caminhar da musa
que dança, provoca e lhe atiça o que há de mais primevo, de pejo, banhando-o em som, silvo, e na prata, fervente, do seu olhar, seu lagrimar!
Digo mais, do homem que, corajoso, se vai e busca
a fantasia, a melodia, de outros mares e sereias
e um dia ...ah! que dia! ...estorna seus passos,
seu embaraço, e oferta seus braços e abraços à encantadora, serpeante, profissional da alma,
da calma e dona da palma
do amor!
CLAUDIO BAHIA, 29/11/2006 – 20:40h