(in)coerência

Abstenho-me dos dizeres

De falar do que não vi

De testemunhar em vão

De bater com a mão no peito

Sob a fé que não sinto

O credo que não professo

E as falsas juras que invento

Tudo em nome do bom senso

Dane-se o que chamam de moral

E os bons samaritanos

Cansei de carnavais e adventos

De hipocrisia e cães sarnentos

Se alguém disser que eu disse

Eu nego, sob o escudo que me protege

Mas o que ainda não confessei é o medo

Que eu tenho da minha (in)coerência

Fana
Enviado por Fana em 16/01/2012
Código do texto: T3444463
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