TRISTEZA

TRISTEZA

É demasiada tristeza,

Assoladora como sol que queima,

Ferve, seca a todo vapor possível.

É água que não chega nunca,

Tosta, resseca, arrebenta

Foge o sangue, esvazia-se

A vida dada por Deus.

Tristeza maldita é teu nome

Mas não és maior que Jesus.

Por isso te digo em ultimato

Não sorverás a taça

Do triunfo sobre mim.

Tu vens porque sou humana,

Mas também tenho a arma maior

Que é saber da existência única

Do inigualável Filho de Deus.

Estou triste, bem o sabes,

Por coisa à revelia

Quem sabe, logo mais,

Força contrária venha

Tornar-te insignificante.

E aí, tristeza, não serás infinita.

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Do livro “Tópicos Emocionais”, parte integrante da coletânea "Passarela de Escritores". Edições Jacurutu. Teresina, 1997, páginas 78 e 79.

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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 17/01/2012
Código do texto: T3446402
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