TRISTEZA
TRISTEZA
É demasiada tristeza,
Assoladora como sol que queima,
Ferve, seca a todo vapor possível.
É água que não chega nunca,
Tosta, resseca, arrebenta
Foge o sangue, esvazia-se
A vida dada por Deus.
Tristeza maldita é teu nome
Mas não és maior que Jesus.
Por isso te digo em ultimato
Não sorverás a taça
Do triunfo sobre mim.
Tu vens porque sou humana,
Mas também tenho a arma maior
Que é saber da existência única
Do inigualável Filho de Deus.
Estou triste, bem o sabes,
Por coisa à revelia
Quem sabe, logo mais,
Força contrária venha
Tornar-te insignificante.
E aí, tristeza, não serás infinita.
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Do livro “Tópicos Emocionais”, parte integrante da coletânea "Passarela de Escritores". Edições Jacurutu. Teresina, 1997, páginas 78 e 79.
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