NA NOITE
Recostado no sofá, luz apagada
Olhos fechado ouvia os sons da noite
Ao longe o pio da coruja
Não atinava a intenção da dita cuja
Imagino o viver dos notívagos
A causa e efeito
Pra isso não levo jeito
Mergulhado em meus pensamentos
Construo ilações de sentimentos
Um bater de asas me traz a realidade
Uma ave em desabalada velocidade
Estaria em fuga, em perseguição
Era perigo iminente
Ou desejo carente
Aí vem a lembrança
Da tua voz de criança
Tua ânsia aguerrida
Tua sensatez perdida
Meu sentimento consumido
Pelo teu ciúmes não oprimido