Na sombra da noite
Tive coragem,
escrevi sem pensar,
na sombra do dia eu lhe vi chorar.
O que vem à minha mente,
é tudo aleatório,
escrevo em silêncio e você a me escutar.
Ao passo que lhe vejo,
eu não me vejo mais,
às vezes o que eu perco,
não é nada demais.
A minha insistência pode ser minha ruína,
a minha intolerância aos poucos se desfaz,
talvez tudo isto não tenha importância,
mas mesmo assim escrevo,
sem muita relutância.
O que é de praxe,
já não é mais,
e agora o que vejo,
é que você ficou prá trás,
e na sombra da noite eu não lhe sinto mais.
22.09.97