Conforto

Eu não sei mais respirar.

Eu não sabia que era tão duro assim

ter que te amar;

Que acabaria comigo por dentro

Que entupiria meu cérebro,

Me faria vomitar veneno.

A própria mentira se fez presente

Eu até acredito que foi algo

meio que inconsciente.

Mas agora já é tarde

É tanto ódio que me consome

Que já não sei nem pronunciar seu nome.

Se um vaso despedaçado não tem conserto

Se o papel amassado não volta a ser perfeito

Nada do que você faça, dará jeito.

Virar as costas, ir embora, caminhar

Porque continuar assim,

Só farei com que nesse amor,

eu venha a me estrangular.

Bêbado da sua arrogância

Dopado da sua doçura

É como se eu arranhasse minha pele

E cada camada derretesse em fervura.

Eu não sei mais como continuar isso

Talvez não tenha que ser continuado

E seja a hora de cortar esse gosto,

trocar o doce pelo amargo.

É, mas nada faz sentido

Porque no fim das contas

Ele não passou de um amigo (?)

É simples tornar complicado

É uma loucura, é um estado

Algo me levanta

Alguém me balança

No momento que está bem,

sinto vontade de te jogar.

Faz isso tudo por quem?

Viveu por uma mentira

(Algo me levanta, alguém me levanta)

Não me faça te amar

(Porque se algo prevalecer,

será a sua doença à inflamar)

É uma overdose

Que amo sentir

Escorrer por minha boca

Até que se consuma

a última gota.

Gustavo B
Enviado por Gustavo B em 19/01/2012
Código do texto: T3448911
Classificação de conteúdo: seguro