Novas relíquias
Era Primavera
quando tudo começou;
chegaste em outubro
irradiando futuro.
Iluminando a terra fria,
trouxe a nova estação.
E me aqueceu,
me fez pegar o sorriso
no fundo daquele velho baú.
Trouxe a Esperança
que perdera-se de mim,
sempre furtiva.
Escancaraste a vida,
estava implícita em todas as coisas
e explícita em mim.
Revirei o velho baú
atrás de tudo que deixei p’ra trás
quando o Sol – maldito! – foi embora.
Mas não achei nada
que fizesse algum sentido;
fiz um novo baú,
folhado a ouro,
para guardar tudo de novo...