Novas relíquias

Era Primavera

quando tudo começou;

chegaste em outubro

irradiando futuro.

Iluminando a terra fria,

trouxe a nova estação.

E me aqueceu,

me fez pegar o sorriso

no fundo daquele velho baú.

Trouxe a Esperança

que perdera-se de mim,

sempre furtiva.

Escancaraste a vida,

estava implícita em todas as coisas

e explícita em mim.

Revirei o velho baú

atrás de tudo que deixei p’ra trás

quando o Sol – maldito! – foi embora.

Mas não achei nada

que fizesse algum sentido;

fiz um novo baú,

folhado a ouro,

para guardar tudo de novo...

melão
Enviado por melão em 12/01/2007
Reeditado em 12/01/2007
Código do texto: T344903