Chovo

Trago janelas embaciadas

porque chovo de ti

e não te descortino no horizonte.

Fecho-me no chover intransitivo,

na mente agarrada ao parapeito...

O peito para,

ausculto

neste silêncio morte dentro em mim

crendo ouvir teus passos na memória.

Não me vens...

Não mais.

Chovo de ti, por mim

o pranto intransitivo que transige

porque de mim não sais...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 19/01/2012
Código do texto: T3449097
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