Amor casual

Passaste por minha vida, meu bem

Deixando um rastro de tristeza e solidão

E o peito morto, que um dia explodiu de paixão

... faz a loucura subir à garganta

e retalhos de sussurros maduros

Da boca profana que diz

O que meu corpo pagão quer viver,

Seja com você ou em qualquer curva do corpo

de qualquer forma em teu ser

Habita o pecado, a beleza morta que quer viver, respirar.

Um sopro de felicidade, eu grito

Mesmo que seja morte

quando afoga o inocente. que sente mas não pode gritar.

meu peito deve calar

Ardente, ardente

Minha loucura te desenha, rabisca o horizonte, ponto de fuga!

Assim, semelhante às palavras que já engoli...

Te li, te vejo... um beijo

e essa loucura real de um amor casual.

Doce e teatral

solução pro meu mais profundo mal

Porque queimamos, porque somos brasas.

e caímos por coragem...

Mesmo assim profanam nossa linhagem

de loucos, loucos por amor

De dor em flor, de flor em dor, mesmo assim nos resta amor.

Luiz Fernando Benny Canuto e Samara Lima - 2011