Geração Sem Nome

Enoja-me a juventude do novo milênio

Os varões capitalistas do mundo subdesenvolvido

Nosso sul fértil brilha aos olhos dos barões

Nosso povo bem contornado

Causa ira os corpos de tábuas.

Sem querer está tudo bem.

Aos submissos o suor

Mal pago e humilhado

Aos subversivos a derrota;

São poucos e patriotas.

E a multidão com receio.

E nós, cada um de nós,

Metade de um adulto,

Responsáveis e maduros

Temos como maior batalha

A guerra contra nada, fantasmas...

E sangramos a esperança

E matamos o futuro que nunca esteve perto.

Não é este infecundo mundo imundo

Que sonhei ser minha eira,

Mas faço parte de toda essa sujeira.

Sempre acreditei sem hesitar

Que em mim portava a salvação

E no fim, abriu-se meu coração:

Nem eram meus próprios sonhos

Que estavam lá!