Abrigo

És tu a ilha do meu naufrágio,

Areal dos meus tumultos...

Onde o mar me entrega,

Pedaço após pedaço,

Sentimento após sentimento,

Até me entregar,

Como um todo absoluto!

Reclino então a minha cabeça,

No peito doce que me aguarda

E escuto um coração que me ama!

Volto a abraçar as folhas das palmeiras,

Que acarinham, este corsário teu,

Paixão imensa, que o mar te deu,

Afago suave, das tuas canseiras...

És ilha, que o mar uniu comigo,

Do meu naufrágio, és doce abrigo!

Raquel Costa
Enviado por Raquel Costa em 14/01/2007
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