Aqui deste lado da alma

Morre-se aqui deste lado da alma

Qual vento, que vai perdendo o querer

Até se tornar numa brisa calma

E morrer aos pés, de um monte qualquer!

Morre-se na margem de cá deste mar,

Onde as lágrimas são apenas distância

E as ondas, num moribundo ondular,

Afogam, este lado da alma, em ânsia!

Morre-se, escondida atrás de desejos,

Chama-se por abraços e doces beijos

E toda a paixão tomba derramada!

Morre-se na sombra efémera deste amor

E eu, sentindo te sinto, vá até onde for!

Morre-se, porque tudo isto é nada!

Raquel Costa
Enviado por Raquel Costa em 14/01/2007
Código do texto: T346703