Banco de cimento

Sentada ali

Observando o caminhar do vento

Notei tantos detalhes diferentes

(As mesmas coisas de sempre...)

Adultos correndo,

Cachorros passeando,

Crianças brincando,

Carros passando

E você, sentado ao meu lado

Em silêncio, me olhando...

De mãos dadas, conversávamos

Sobre aquelas coisas bobas e sem graça

Ah, mas como eram sem graça! Até me faziam rir...

Quando olhei para o outro lado

Vi um casal de velhinhos se abraçando

Então, ela lhe deu uma caneta

E ele deu a ela um caderno de música

Os dois sorriram e continuaram a andar... Até desaparecerem

Nunca mais te vi

Mas toda vez que me sento naquele banco

Recordo da cor daquela caneta

Que deixou o nosso amor ali, gravado no cimento

O qual já não existe mais

(O qual nunca existiu)

Yvie Marie
Enviado por Yvie Marie em 31/01/2012
Código do texto: T3471616
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