Destino

A Saudade dança em minha cabeça

Como urubu a espreita de carne morta.

Cá em vida eu deito

E finjo.

Falsamente morto

Nessa carne mórbida

Observo o Teu passear

No alto de minhas idéias.

Roubas meus pensamentos.

Sentes o meu cheiro.

Salivas sobre meu corpo

E grunhes vitoriosa.

No chão,

Mecho-me

Debato-me

Atiro-te meus versos

E levanto um pouco mais forte.

Essa é a sacra ordem de nossos destinos.

Eu, carne fria à espera de tua imagem.

Tu, imagem-abutre a me invadir a cabeça.

Nós, versos esparsos numa poesia besta.

((EU))
Enviado por ((EU)) em 31/01/2012
Reeditado em 14/03/2012
Código do texto: T3471684