Desobrigue

Me desobrigue das quantidades

Das meias verdades

E das falsas metades

Me desobrigue do riso amarelo

Do aplauso esperto

E do olhos abertos

Me desobrigue da condição de alerta

Do andar apressado

E da bala a espera

Me desobrigue do olhar penoso

E de olhar no povo

O sofrimento em seu rosto

Me desobrigue de não sonhar

De ficar acordado

E a esperança matar

O que quero,

É a verdade inteira

O riso sincero

E os olhos fechar

Andar lentamente

Do meio do povo

Mas um povo contente

Vivendo apenas

As estações das flores...

Brigida Bezerra
Enviado por Brigida Bezerra em 15/01/2007
Código do texto: T347205