Desalento

Sopra o vento, os cães latem.

E nada, além disso, interrompe a noite escura.

Cadê as estrelas que antes as observava?

Abro a janela e fico inerte, intacto.

Boquiaberto, pois vejo que o mundo é tão grande.

E só percebo isso agora.

Não sei por que me fecho no meu próprio mundo,

E não saio á procura de novos horizontes.

A lâmpada tremula, folhas são varridas pelo chão.

O cenário noturno parece associar-se com minhas incertezas.

Pois venta forte, é tudo escuro,

Mas ao mesmo tempo está tão quente.

Quem sou eu senão um simples coitado

Com medo de dormir e sonhar com coisas improváveis,

Projetos impossíveis?

Quem sou eu senão um simples mortal que atravessa a noite afora

Vendo o vento forte levar meus pensamentos embora?

Mr Doug
Enviado por Mr Doug em 15/01/2007
Reeditado em 18/09/2009
Código do texto: T347263
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