DOR

DOR

Égua xucra cavalga em praia deserta

Relincha numa noite de lua cheia

As bastas crinas sacode esperta

Bate com força as patas na areia

Desafia destemida as ondas do mar

Estaca a infinda corrida para coçar

O belo dorso em uma palmeira

Empina tentando morder estrelas

De Possidon olvida as gargalhadas

Para delírio das muitas sereias

E susto das doces suaves ondinas

Corre a égua em nuvem de areia

Sem rumo sem tino sem nada

Só o desesperado amargo agora

Preta Fá

Preta Fá
Enviado por Preta Fá em 02/02/2012
Código do texto: T3475800