Mais que Sangue

A gota amarga de meu sangue escorre ao cortar minha pele

Acaricia o solo pois seu tacape não fere

Não interfere sua violência posta a prova

Pois as dores que eu sinto brotam de dentro pra fora

Não se informa dos receios e dos meus desesperos

Os devaneios são feitos alertando dos efeitos

E defeitos de toda uma ditadura maquiada

Se curvam frente as cortinas, atrás delas dão risada

Foi travada a batalha calada e eu to atento

De frente ao fronte mesmo desarmado eu não me ausento

Sei o que eu represento e vou correr pelos meus

Sarcasmo visto nos olhos dos que brincavam de Deus

Mas pelos seus errados atos destruí sua maquete

Cortei as cordas e acabei com o jogo de marionete

Não me interprete como o falso pregador eloqüente

Pois sigo vivo no que digo e ligo os olhos e mente

Pra ver sorriso contente pedir doce no portão

Quando será descriminada então a descriminação

Desrespeito, distorção, a aniquilação

mais as minhas armas são as palavras

mais a minha intenção não é feri-lo

tenho a missão, faço dela meu legado

a brincadeira acabou

a certeza dos erros, distraídos desesperos

o instante, já passou, a ausência se faz presente

ironicamente sou o discurso moralista da loucura

no instante eterno, na presença da sabedoria futura

com o intenso reflexo da mente que fulgura

se faz necessário o que realmente vem da altura

já sinto se esgotar, escarlate como nunca foi

já pode bebe-lo se quiser

faz de conta que não acontece nada

saibam já foge do controle

não adianta protelar, com as armas vis

a felicidade , avistada, triste se mostra

maldade por maldade, falta a verdade.

Rog oldim e Leleu da Cuca