"Amo quem não me ama"
 

Noutros tempos não se encostara esse sentimento que judia
Insistindo fazer do dia noite pra escurecer os pensamentos
Mas tais momentos se são necessários, passá-los-ei em companhia
De minha amada poesia que me ajuda a expurgar esses tormentos!

 
Não esconderei que és tu quem a minha solidão implora
Trazendo o frio às madrugas, não me deixando esquecer
Mas tu permaneces indiferente á mim pela vida a fora
E por isso hoje o que me dilacera é algo que jamais imaginei viver!

 
Mas não te esqueças que a tua boca já proclamou o beijo
Que o lampejo fora maior que as sombrias noites de inverno
Que em ti fazem-se eternas perecendo com os teus desejos
Que o ensejo fora ordenado a alma ao qual me entregou em sonhos!

 
Tais abismos por onde andas se equilibrando são atrativas ilusões
Que teus lábios proferiram aos milhões na sinuosa arte de encantar
Fazendo-me sonhar, ludibriando o próprio sonho d'extirpar os grilhões
Intoxicando a mente com seduções, passando a minh'alma furtar!

 
Quisera que os factóides fossem apenas meros entorpecentes
Que injuriosas e indecentes fossem tuas palavras pra eu te repudiar
Que a desgraça viesse me pisotear q'mesmo assim eu ainda seria forte
Nada seria obstante, só não queria ter amor por quem prefere não me amar!
 





DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 03/02/2012
Código do texto: T3477729
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