ETOPÉIA
Agraciado pela ausência
De vozes e algozes
Deslizo nas balizas
De deslúcidas* razões
Emoções e marulhos
Sondo e me reviro
É nesse estado
Que me pressinto
No Todo no Nada
Meramente Eu
Na visão atordoada
Achego a terra ansiada
Pelas ditadas pausas
Declaro a perenidade
Desfaço meus elos
Sou ubíquo inteiro
No círculo do Amor
Torno-me a Presença
(*Neologismo, significando “não lúcidas”)