Minha estrada
 

cheguei a  um nível da estrada,
em que na adolescência  não acreditava
cheguei com a leveza da borboleta
e a força tempestiva do dragão
cheguei sem rugas,
deixei de ser morena e me tornei ruiva
abandonei bagagens no meio da estrada,
corri léguas arrastando mágoas,
cansei, parei e cresci
e em poemas contei o que vi
devassei medos, louvei amores,
revelei segredos, dissimulei dores
e agora me vejo assim na estrada,
presente divino a esperar,
carinhosamente acobertada,
por meus amores daqui e de lá,
recebendo diáfanas rosas
em sintonia celular
 



Imagem : Parque do Carmo - SP - Arquivo particular
Ly Sabas
Enviado por Ly Sabas em 06/02/2012
Reeditado em 15/01/2020
Código do texto: T3482747
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