Pobres Poemas Pobres

Pobres poemas pobres

Escrevo, escrevo eu

Por que sou tão esnobe

Se escrevo como um plebeu?

Minhas parcas rimas

Merecem a piedade

Dos poetas lá de cima

E dos nobres da cidade

Sou um poeta amador

Escrevo como lazer

Apresento ao meu leitor:

Meus poemas - muito prazer!!

Quem dera que eu fosse

Um bardo medieval

Ou um trovador tão doce

Com palavras no embornal

Espelho, espelho meu

Quem me chama de poeta

Esquece que sou um "cirineu"

Carregando a cruz de um profeta

Não sabem que ser poeta

É um estado de graça

Só quem atingiu a meta

Sabe a dor que o poeta passa

Do seu íntimo ardor

Nascem palavras e versos

Que expressam sua ínfima dor

Ou a canção do Universo

Poetas são aves raras

Nascem aqui ou acolá

Custam-lhe penas caras

Estar neste tempo ou lugar

Como disse um grande sábio:

Muitas palavras num teorema

São resumidas pelos lábios

De um bardo em seu poema.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 06/02/2012
Código do texto: T3483418
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