Caminhando na Lagoa

Caminhando na Lagoa

Na Lagoa, caminhando

É uma pena que a garoa

Não me veja caminhando

Na Lagoa em que eu passeio

O Sol está sempre a pino

Para que meus olhos, eu creio

Tenha os olhos de um menino

A paisagem é celebérrima

Ao redor do espelho d'água

De profundidade magérrima

Parece uma lagoa de mágoa

Vejo casais namorando

E trocando suas carícias

Num mundo de "El Dorado"

Ou num "Jardim de Delícias"

Vejo crianças inocentes

Brincando de gente grande

Pois o adulto incoerente

É um mau exemplo distante

Caminhando na Lagoa

Eu entro em estado de graça

Quando vejo-me à toa

Ante a beleza de uma garça

Com suas pernas esbeltas

Parecem gravetos no chão

São belas como as deusas celtas

São brancas como algodão

Mas voltando a caminhar

Vejo um cardume de peixes

Ouço em todo lugar

Seus pedidos: não me deixes!!

A Lagoa parece um tapete

De peixes grandes e pequenos

Eles dizem: quero ver-te

Minha isca, meu caroteno

E logo mais adiante

uma manada de gatos

abandonados num instante

por gatunos - que maltrato!!

Como pedintes felinos

Eles nos olham com os olhos

De tristíssimos meninos

Que nos falam - eu imploro!!

Mas graças à Providência

Há pessoas de bom coração

Que pedem por clemência

Nem exigem deles gratidão

Dão-lhes comida farta

Seja carne crua ou ração

O bom desta felina raça

é ser forte como o leão

Mas voltando ao meu caminho

Uma volta toda completa

É uma saúde pro vizinho

E um descanso pro atleta

A vista do Sol Poente

Não tem coisa similar

Pois vislumbra toda gente

De todo e qualquer lugar

Da Lagoa que eu caminho

Que me deixará tão saudoso

Quando eu me for do meu ninho

E voar para outro pouso.

Pedro Ernesto Prosa e Verso
Enviado por Pedro Ernesto Prosa e Verso em 07/02/2012
Código do texto: T3485548
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