O POEMA DEPRESSA
Escrevo um poema
Assim depressa
E liberto o rio
Abraço o teu mar
Na foz veludosa
Da paixão extrema
O horizonte é meu lar
E eu enfeitiçado
Pela crescente lua
Assinalo na tua pele
Palavras que a noite
Mais tarde vai narrar
Fluo ágil ligeiro
Assim depressa
E chego-te devagar
No fim do respiro
Roubando no verso
Um beijo matreiro
© Jean-Pierre Barakat, 11.07.2003