O POEMA DEPRESSA

Escrevo um poema

Assim depressa

E liberto o rio

Abraço o teu mar

Na foz veludosa

Da paixão extrema

O horizonte é meu lar

E eu enfeitiçado

Pela crescente lua

Assinalo na tua pele

Palavras que a noite

Mais tarde vai narrar

Fluo ágil ligeiro

Assim depressa

E chego-te devagar

No fim do respiro

Roubando no verso

Um beijo matreiro

© Jean-Pierre Barakat, 11.07.2003

Jean Pierre Barakat
Enviado por Jean Pierre Barakat em 05/02/2005
Código do texto: T3486