Sonho de poeta

Esther Ribeiro Gomes

Olho a noite pela vidraça.

Um beijo que passa,

acende uma estrela...

(Guilherme de Almeida)

O poeta clama pelo amor que não viveu,

sublime sonho que não aconteceu,

pensa que felicidade é fruto da imaginação,

nos etéreos voos que acalentam seu coração...

E o poeta vai do sonho ao pesadelo,

derrama em versos toda sua emoção,

nas lágrimas que choram a desilusão!

Mas a poesia se recusa a mitigar,

as frustrações que teve ao se entregar

a quem nunca soube amar!

Nas noites solitárias abre a vidraça,

para ver algum casal que passa,

a trocar carinhos sob o luar...

Olha para o céu bordado de estrelas

e vem a inspiração para versejar,

poemas que falam de outros amores,

para sonhar e esquecer as suas dores!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 11/02/2012
Reeditado em 11/02/2012
Código do texto: T3492317