Adormece o gênio

Estou entrando numa fase insegura... – ou talvez mais segura.

Onde me pareço adormecido o homem apaixonado.

Acho que foram os momentos breves de amar sem respostas

Ou talvez incerteza dos amores amados...

Os porquês me acodem do meu vazio e eu fico

Às vezes horas interligado ao pensamento... – sozinho em mim mesmo.

E tudo a minha volta é ausência...

E penso não amar outra por medo de sofrer

Os desígnios de uma paixão inglória...

Mas também não há esperança de amar...

Penso que já tomei todos os licores

Que já me embriaguei por demais...

Agora é curar-me e viver

A incerteza de encontrar a quem me surpreenda

Com maior encanto que o último dos amores.

Acho que já é alguma coisa ultrapassar

As piores revoltas do meu romantismo

Saindo-me sem o mesmo fim que o jovem Werther.

É último ato. Desçam as cortinas... Adormece o gênio.

Agnaldo Tavares o Poeta
Enviado por Agnaldo Tavares o Poeta em 14/02/2012
Reeditado em 14/02/2012
Código do texto: T3499750
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