DE QUE VALE

GILBERTO BRAZ ALMEIDA

De que vale

ter folhas verdes e mimosas

ser um pé de rosa no jardim,

sem nunca dar uma rosa...

Ser vítima dos próprios espinhos.

De que vale

um palácio de fantasia

ser um rei improvisado...

Quando colher frutos

de uma lição aprendida,

vale mais,

muito mais,

que usar uma roupa nova.

De que vale

a juventude moderna,

os coloridos das novas emoções,

se tudo isso é nada.

Pois se vive

no labirinto do desamor,

bebendo do fel

da desilusão

e comendo do pão

da infelicidade

De que vale

bater no peito e dizer:

_ Sou religioso.

Mas: Deus no céu

e o dinheiro na terra,

orações...?

Só nas horas de perigo.

De que vale

buscar o ouro e não o amor,

sendo o ouro uma substância matéria

e o amor um sentimento divinal.

gilbapoeta
Enviado por gilbapoeta em 15/02/2012
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