Meu grito
Me tornei um espaço, uma página em branco
Talvez insignificante
Talvez decepcionante
Esqueço várias vezes que existo
Sou tão ilógica
Sou tão lenta
Tão rasa
Tão disforme!
Onde esta a metamorfose que habitava em mim?
Nunca estou dentro
Sou o transparente invisível sem cor.
Aqui morro para não viver.
O teatro é meu refúgio
A música é meu drama
A dança meu grito
E minhas mãos são frias
E meu rosto nada cálido
Não há brilho no branco que é sujo
E em mim existe apenas um segredo
Existe apenas um recado
Existe apenas o medo...
O de ouvir minha própria voz no silêncio que ela se faz