DAS FONTES
Há mais poesias naquelas encostas
Onde o Sol queimou-me o rosto, as costas,
Os meus braços de menino...
Onde os meus pés correram orvalhados de manhãs
E chuvas,
Deliciosas tardes com chuva...
Onde os meus olhos viram o âmbar d’ouro do Sol
No céu das tardes
E na minha alma eu vi abertas as portas dimensionais
Encostas,
Costas dos meus oráculos,
Ecos.
Teus ecos que sempre me respondiam,
Mesmo com a voz de um menino,
Com a poderosa voz cósmica,
Saudando o retorno da tua cria
A brincar sobre a Terra,
Minha mãe, meu Pai,
A tua energia
Amamentando-me,
Eu,
Filho de Ninguém.