DAS FONTES

Há mais poesias naquelas encostas

Onde o Sol queimou-me o rosto, as costas,

Os meus braços de menino...

Onde os meus pés correram orvalhados de manhãs

E chuvas,

Deliciosas tardes com chuva...

Onde os meus olhos viram o âmbar d’ouro do Sol

No céu das tardes

E na minha alma eu vi abertas as portas dimensionais

Encostas,

Costas dos meus oráculos,

Ecos.

Teus ecos que sempre me respondiam,

Mesmo com a voz de um menino,

Com a poderosa voz cósmica,

Saudando o retorno da tua cria

A brincar sobre a Terra,

Minha mãe, meu Pai,

A tua energia

Amamentando-me,

Eu,

Filho de Ninguém.

Chico Steffanello
Enviado por Chico Steffanello em 18/01/2007
Reeditado em 23/11/2007
Código do texto: T350712
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