ANGÚSTIA

ANGÚSTIA

Semeio angústias nas horas escuras,

Arranho o corpo em ásperas paredes

Até verter sangue sobre a pele ferida

E sentir o fel das metáforas vazias...

Ao aprofundar abismos de amargura,

Tropeço no assovio de um vento frio,

Traçando passos da solidão anunciada.

Ai de nós... que ambicionamos

Seguir o rumo do coro dos anjos!

Ai de nós... que tanto acreditamos

Em promessas vãs dos deuses caídos!

Pobre de nós que esquecemos as preces

Nos prazeres profanos das noites impuras!

Pobre de nós que não fizemos da vida

O que a aventura fugaz prometia!

(reescrita do exercício poético Ängústia, varal n.o 4, de 2007, do grupo Luna e Amigos)

vitória Paterna
Enviado por vitória Paterna em 18/01/2007
Código do texto: T351099