Balada da Tempestade

Olhando de canto,

cantando na chuva,

contando os pingos,

perdendo a conta.

Seguro o tempo,

nem penso na hora,

depois que cheguei

não fui mais embora.

Ela cai, o chão molha,

o vento vai, você desfolha.

Tenha calma, paciência,

lave a alma, sapiência.

Nesse parnaso, o acaso

foi comido pelo descaso.

Com serenidade,

sem ironia

após a tempestade

vem a poesia.

Renan André
Enviado por Renan André em 24/02/2012
Reeditado em 24/02/2012
Código do texto: T3517319
Classificação de conteúdo: seguro