Imunidade Poética
Não quero a poesia cheia de regras,
Repugno qualquer espécie de formalidade.
Quero antes a imunidade poética,
Estou á procura da liberdade.
Não quero a poesia cheia de ourives e de estrelas.
Nada de parnasianismo, romantismo, classicismo; tanto “ismo”.
Quero antes a poesia dos loucos e dos bêbados,
É dessa poesia que preciso.
Dane-se a métrica,
Quero a poesia autêntica.
Com rima ou sem rima,
Que se exploda a estética,
O que vale é a liberdade poética.
Não quero ouvir falar de sapos que saem da penumbra.
Quero somente expressar meus sentimentos...
E o que é a poesia?
Senão um retrato fiel do poeta.
A poesia vem da alma,
Século XVI, um novo movimento se desencadeia.
Cada um tem seu estilo, suas próprias normas,
E não cabe a ninguém condenar qualquer conduta.
Imunidade poética,
A busca desenfreada pela liberdade,
É essa minha poesia...
É essa a nova poesia.