LINHA DO TEMPO

Lentamente

Imagino

Nada

Humanamente

Ambíguo

Lembro que eu tinha

Vivia

Morria

Eu tinha uma casa

Tinha uma história

Perdia meu rumo

Suspirava o espaço, olhando as nuvens

O céu, era assim como eu

Claro, objetivo, azul...

Invisível

D’onde vem o reflexo de nossas almas?

Eu tinha um trabalho

Tinha um horário

Perdia e ganhava meu tempo

Respirava em momentos abrasivos

Tal como no vento

Soprava-se meu destino

... Quieto, confuso, com pressa.

Com isso

Vejo que tinha

O que hoje não tenho,

Que é o que sonho

E que eu não percebia.

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Extraído do livro: SURTO POLIGRÂMICO, disponível para download na seção e-livros.