Do beijo

Tua boca em mim é pássaro que voa

É um olho pleno que ainda não fere

Não sabe o que é a louca solidão

Não percorre os melhores mundos

Tua canção jamais termina ardente

E se interrompida não se espanta

Apenas é acariciada pela mão que ama

Tão pequena, tão fria, tão cálida...

Que de saudade ainda nada sabe

Nem permanece na solidão eterna

Pois um dia nunca será tarde

Mas que ventos não voam asas

No toque ardente do mero silêncio

Os longos túneis do céu e corpo.

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