A Mulher do malandro

 
Quando satisfeito o desejo,
atravessaste a janela por onde entrou,
desceste pela tubulação da calha,
e sumiste na quase manhã que me marcou...
 
Vulto de aspecto forte,
esgueirou-se na ainda escuridão da despedida,
largando-me na cama, sentida,
feito prostituta de porão!
 
Levastes minha decência,
Meu pouco amor próprio se acabou!
Nefasto!homem astuto! Na indiferença,
marcou sua mulher,na decadência.
 
Foste um ladrão sorrateiro!
Roubaste minha vida por inteiro,
deixando-me, mulher, de corpo e alma nua
amanhecer usada e sem esperança, tua!
 
Fui tua quando lhe convinha,
na alcova da ilusão sombria,
de um malandro sem consciência,
que roubou de mim... todo resto de minha inocência!
 
 
 
Mando Mago Poeta 22:08 17/9/2010
Mando Mago Poeta
Enviado por Mando Mago Poeta em 03/03/2012
Código do texto: T3533431
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