CANTO À ANA

não me tomes, menina!

enleia-te se queres

no meu canto gitano

e no redondo engano

dos meus céus

errem teus zepelins

soem os bandolins!

alimentem a pira

no último arpejo

que aflore o desejo

deflore-se a crença

em nota fugaz

e na gana voraz

toma-me, antes,

insana e menina!

mas perca-se a rima

se a mim vieres

amor cantar...

2007, 20 Jan