O QUE VEM DEPOIS DO TRABALHO

Após o trabalho

Ao cair do sol

A fadiga caçoa

Da má sorte

Dos desprovidos de posse

Em mais um dia

Na cidade de São Paulo

Somos testemunhas de

Mais um ônibus cheio

Pouco se move, luta com a distãncia

Sem vento, todos com sede

Anseio em chegar em casa

Pressa em sentir o cheiro

De café, os problemas de casa

A luta é a mesma todos os dias

Raras são as vezes que o cotidiano não se repete

Testemunhamos as manchetes nas bancas de jornais

Com as mesmas manchetes, os fatos se repetem

Muda os atores, mais o senário é o mesmo

Lá pelas seis, a noite cai com seus personagens

As luzes dos postes começam acender

Luz, que não ilumina nada

Nas ruas o trafico intensiva

Suas atividades cotidianas

Os usuários dançam com os ratos e baratas

Entre becos e vielas quando a polícia faz seu trabalho

Os pobres em uma constante peleja

As pedras onde moramos são maiores

Pontudas, sempre a cortar como uma navalha

Anjos choram em silêncio com atritos

No âmago de seu lares

Amanhã tudo começa de novo para aqueles

Que sobreviveram a mais um dia igual a outros

ROSSOYS
Enviado por ROSSOYS em 12/03/2012
Reeditado em 12/03/2012
Código do texto: T3550393
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