EXISTÊNCIA
Inaudível são os verbos
Dessa ocasião, por si,
Em tom grave falar.
O homem fez a guerra,
Pra falar da paz.
A ciência já nos satisfaz,
Nos fez parar inventando o impossível,
Como clonar.
Será que amanhã cantar-se-á
Uma canção de ninar?!...
Mas o que nos faz pensar...
Uma criança abandonada ao relento
Ou o valor de um colar?...
O avesso do verso ensoberbece,
Na estrofe que diz...
De você...
Do cheiro envolto,
Da luta constante,
Da pele na pele, do prazer de amar,
Censurado pelo ato do desejo,
Que a imaginação desenha.
Mas o tom,
O tema não é a existência;
Não é a vida que se leva,
Mas a identidade da força,
O futuro da sensibilidade humana,
Por que não dizer a luz e a esperança.
Se não for a beleza,
Nessa dança,
É a natureza de ser a essência,
Do amor...
Mulher.